@MASTERSTHESIS{ 2020:926368568, title = {Uso da reflexão deliberada como estratégia para reduzir o viés de confirmação diagnóstica em residentes de ortopedia}, year = {2020}, url = "http://tede2.unifenas.br:8080/jspui/handle/jspui/304", abstract = "Introdução: O raciocínio clínico, assim como outros processos de tomada de decisão, parece estar sujeito a vieses cognitivos, dentre os quais se destaca o viés de confirmação. Estratégias que estimulam a reflexão sobre a tomada de decisão de maneira estruturada podem auxiliar na redução desses vieses e sua utilização na resolução de casos de trauma em ortopedia precisa ser avaliada. Objetivos: Verificar se a reflexão deliberada reduz o viés de confirmação e aumenta a acurácia diagnóstica entre residentes de ortopedia na resolução de casos clínicos escritos. Métodos: Estudo experimental comparando a acurácia diagnóstica na resolução de oito casos clínicos entre um grupo que utilizou a reflexão deliberada (GR) e um grupo controle, que refletiu de maneira livre (GC). Para induzir viés de confirmação, em todos os casos, foi mencionado um diagnóstico de encaminhamento, sendo que, para a metade dos casos, esse diagnóstico estava correto e para a outra metade, incorreto. Resultados: Participaram do estudo 55 residentes do terceiro ano de ortopedia, sendo 27 alocados no GR e 28 no GC. Em relação à acurácia diagnóstica, o GR apresentou escores maiores que os encontrados no GC, nos casos clínicos em que o encaminhamento apresentava o diagnóstico correto (62,0 ± 20,1 vs. 49,1 ± 21,0 respectivamente; p=0,021). Nos casos com diagnóstico de encaminhamento incorreto, a acurácia diagnóstica foi semelhante entre os residentes do GR e aqueles do GC (39,8 ± 24,3 vs. 44,6 ± 26,7 respectivamente; p=0,662). Analisando a resposta de ambos os grupos em relação aos casos que continham diagnóstico de encaminhamento incorreto, observou-se a ocorrência de viés de confirmação em 26% dos diagnósticos fornecidos inicialmente e em 19,5% dos diagnósticos finais. Os residentes do GR apresentaram uma redução de confirmação do diagnóstico incorreto de encaminhamento, comparando o diagnóstico dado de maneira não analítica com o diagnóstico final, fornecido após a reflexão deliberada (25,9 ± 17,7 vs. 17,6 ±18,1, respectivamente; Cohen d: 0,46; p=0,003). No GC, a redução na confirmação do diagnóstico incorreto, comparando o diagnóstico não analítico com o fornecido após a reflexão livre, não foi estatisticamente significativo. Conclusão: O GR apresentou maior acurácia diagnóstica do que o GC, na resolução de casos com encaminhamento correto. Verificou-se a presença do viés de confirmação nos casos clínicos com encaminhamentos incorretos e a reflexão deliberada contribuiu para reduzir esse viés. Apesar da redução do viés de confirmação, a acurácia diagnóstica dos residentes do GR foi semelhante à do GC, na resolução desse conjunto de casos", publisher = {Universidade José do Rosário Vellano}, scholl = {Programa de Mestrado em Ensino em Saúde}, note = {Pós-Graduação} }